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Terapias Integrativas

Meditação Conduzida

A meditação é frequentemente definida como ter um momento para sentar-se calmamente ou ponderar. A verdadeira meditação, no entanto, é muito mais do que isso, é um estado de profunda paz que ocorre quando a mente está calma, porém totalmente alerta. Isso é apenas o começo de uma transformação interior que nos leva a um nível mais elevado de consciência e que nos permite realizar nosso verdadeiro potencial humano. O desafio certamente é como alcançar esse estado.

Meditação não é não pensar em nada como muitos dizem, e sim não se apegar ou aprofundar nos turbilhões de pensamentos, meditação é foco e atenção, através do foco, conhecido como âncora da meditação, o praticante desenvolve a capacidade de deixar fluir os pensamentos sem desenvolvê-los, sem que isso o tire do foco da prática, acalmando e relaxando o corpo e a mente. Existem muitos tipos de âncoras de meditação, como música,  respiração, imagens, sentimentos, movimentos corporais, ou a voz do condutor, por exemplo, que são os objetos da atenção, o foco da meditação, aquilo que te ajuda a não devanear. 

Embora possa soar como um termo meio psicodélico e muito “New Age” para alguns, há evidências reais de que ser mais consciente pode melhorar muitos aspectos da vida, e você não precisa ficar horas sentado em posição de lótus para chegar lá.

Meditação representa  consciência, atenção, foco, presença ou vigilância. O oposto, portanto, não é apenas inconsciência, mas também distração, desatenção e falta de compromisso.

Ela é tanto uma prática, quanto um estado de espírito, ou estilo de vida. Por exemplo, quando se pratica meditação, você está aumentando seu foco (geralmente por prestar mais atenção à sua respiração) e treinando o seu cérebro a ser mais consciente também no cotidiano. Quando você está exibindo a atenção plena, você está completamente consciente de tudo o que está acontecendo ao seu redor.

Você pode pensar em meditação como simplesmente “estar plenamente no momento”. Essa pode ser a definição simples, mas ficar 100% comprometido não é fácil, especialmente em nosso mundo cheio de distrações. Significa ouvir ativamente e não viajar dentro da sua cabeça quando o alguém conta a mesma história pela terceira vez. Significa também, usar todos os seus sentidos até mesmo em situações corriqueiras, como lavar a louça ou andar até o ponto de ônibus.

A meditação é uma prática tão antiga quanto o próprio ser humano, estando presente em praticamente todas as culturas de todo o planeta é considerada muito importante para o caminho da iluminação. Mas a técnica também assume uma nova e secular definição quando vista sob as lentes  ocidentais. A Dra. Ellen Langer, professora de psicologia da Universidade de Harvard (EUA), escreveu um livro sobre conceitos de mindfulness (técnica de meditação que vem se destacando no ocidente principalmente no meio corporativo e empresarial). Ela a define como a inclusão desses atributos importantes:

  • A criação contínua de novas categorias: em vez de confiar rigidamente em categorias e rótulos antigos, a mindfulness está prestando atenção à situação, contexto e vendo novas distinções. Por exemplo, em vez de ver um tijolo como simplesmente um objeto de construção, você pode também considerá-lo um suporte para livros, uma arma, um batente, e muito mais;

  • Acolher novas informações e ver mais de um ponto de vista: como a criação de categorias, a atenção plena implica também receber continuamente novas informações e estar aberto a novas sugestões (sociais ou não). Você e seu parceiro, por exemplo, podem parecer brigar pelas mesmas coisas de sempre, mas estar aberto ao ponto de vista da outra pessoa poderia mudar essa dinâmica;

  • Colocar o processo acima do resultado: focar em cada passo ao invés de ficar preocupado com os resultados. Em vez de se preocupar em gabaritar um teste, por exemplo, concentre-se em realmente aprender o assunto.

  • Melhorar a memória e desempenho acadêmico. Em um estudo, os alunos que fizeram exercícios de construção de atenção haviam aumentado o foco (ou tinham menos divagação mental), mais memória de curto prazo, e melhor desempenho em exames como o GRE (Graduate Record Examination, prova feita para entrar no mestrado nos EUA), para qual deveria ser impossível de treinar.

  • Ajudar com a perda de peso e o consumo de alimentos mais saudáveis. Comer consciente significa prestar atenção a cada mordida e comer devagar, prestando atenção a todos os seus sentidos. Os participantes nos estudos de mindfulness consumiram menos calorias quando estavam com mais fome do que os grupos de controle.

  • Levar a uma melhor tomada de decisão. 

  • Reduzir o estresse e ajudar a lidar com problemas crônicos de saúde. Uma meta-análise de 20 relatos empíricos descobriu que a mindfulness aumentou tanto o bem-estar mental quanto físico em pacientes com dor crônica, câncer, doenças cardíacas e mais.

  • Melhorar a imunidade e criar mudanças cerebrais positivas

  • Oferecer benefícios cerebrais como melhor foco, mais criatividade, menos ansiedade e depressão.

 

Como as definições acima antecipam, a atenção plena poderia ajudá-lo a tornar-se mais focado,  criativo,  feliz,  saudável,  relaxado e no controle. Ela também pode ajudá-lo a apreciar mais plenamente cada momento atual (que é tudo o que temos, na verdade). Em suma, a atenção plena tem a ver com sintonia e ser mais consciente de cada experiência que você tem.

A grande vantagem em fazer uma meditação conduzida é que consiste em uma aula pratica para aqueles que são iniciantes, além de ser a maneira mais fácil de manter o foco e persistir no exercício.

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