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Racionalidades Médicas

Biomedicina

As bases das práticas atuais da saúde ocidental advêm da cultura grega, pois a sociedade ocidental baseia-se principalmente nos conhecimentos, filosofias e fundamentos teóricos derivados do principio da razão grega. São assim importantes no processo primordial do avanço da Medicina, Hipócrates (considerado o pai da medicina ocidental) grego que é assim considerado por ter criado as bases da ética médica e princípios de conduta e ação. Veio de uma família que praticava algo que originou depois a Medicina, liderou a Escola de Cós, cujo intuito era analisar as patologias independentemente de suas causas e buscar a cura. Entre os feitos mais importantes de Hipócrates estão o Juramento de Hipócrates (com princípio éticos e profissionais do Médico) e Aforismos (onde estão seus conceitos e ideias bases como a que as enfermidades dependem do clima, região, raça, alimentação); Aristóteles que fez vários estudos de anatomia em animais e Herófilo da Calcedônia que ao dissecar o corpo humano,  desenvolveu um esquema de distribuição, formato e tamanho dos órgãos.

Como vemos, foi na Grécia que a prática curativa tomou os rumos de ciência, apoiando-se na observação clínica e no raciocínio lógico. Outras contribuições foram de suma importância como os estudos de anatomia egípcios e a tradição e fundamentos milenares da Medicina Chinesa.

A partir do final do século XIX, Freud, através de permanente e cuidadoso exame clínico em seus pacientes, conseguiu demonstrar a enorme relação que havia entre os transtornos emocionais e/ou afetivos e o aparecimento dos mais variados sintomas nesses inúmeros pacientes. Nos cem anos subsequentes, a medicina, através de estudos científicos e principalmente através da atividade clínica diária de grandes médicos do século XX, solidificou e ratificou definitivamente as constatações clínicas iniciais de Freud. Nas últimas  décadas, dissipou-se qualquer sombra de dúvida que ainda poderia haver a respeito da conhecida manifestação clínica somatização. Um enorme percentual desses sintomas leva à quadros clínicos que são chamados de doenças funcionais ou psicossomáticas.

Até a década de 1960, período dos grandes clínicos humanistas os pacientes eram tratados praticamente sem ajuda alguma de exames complementares, pois esses eram escassos antes de 1960. A partir da década de 1970  a maravilhosa tecnologia moderna invadiu também a medicina o que ampliou o entendimento sobre anatomia, fisiologia, histologia e patologia, oferecendo novas perspectivas  sobre a relação saúde - doença e novas possibilidades terapêuticas.

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