top of page

Terapias Integrativas

Iridologia

A palavra Iridologia significa estudo da íris ou conhecer através da íris. Trata-se de um método proposto pelo médico Ignats Von Peczley. Quando criança, ele quebrou acidentalmente a perna de uma coruja e, observou em sua íris o surgimento de uma listra preta. Com o passar dos anos, continuou observando a íris da coruja e percebeu que aquela listra ia se alterando. Com esta ideia em mente unida ao seu trabalho em salas de cirurgia do hospital, Peczley criou o primeiro mapa de íris.

A Iridologia é uma ciência que permite conhecer através da íris aspectos físicos, emocionais e mentais do indivíduo, seu principal objetivo é identificar sinais em evolução e prevenir o aparecimento de doenças antes mesmo de o indivíduo apresentar sintomas (SALLES; SILVA, 2012). Esses sinais se apresentam através de cores, pigmentações e formas por meio de uma combinação única para cada íris. Contudo, é importante frisar que não é possível estabelecer um diagnóstico fechado através deste método, pois o mesmo indica apenas os órgãos mais debilitados ou que têm maior chance de adoecer (SALLES; SILVA, 2006; SALLES; SILVA, 2012).

A avalição completa da íris envolve observação e anamnese e inclui o retorno para feedback.

Na medicina natural e alternativa, a iridologia é uma forma de diagnóstico realizada através da observação da íris, uma das estruturas mais complexas do corpo humano. Os historiadores apontam para a existência desta prática já na antiga China e Grécia, tendo sido divulgada e aperfeiçoada com mais afinco desde o século XVII.

 Através da análise da íris, é possível fazer um check-up do nosso estado de saúde,  uma técnica natural que permite “olhar para dentro do corpo” e verificar o funcionamento do organismo, descobrir quais as zonas mais fortes e quais aquelas que estão sobrecarregadas com toxinas. Porém, importa esclarecer que a análise iridológica não determina se uma pessoa sofre de determinada doença intestinal, por exemplo, mas alerta para a existência de alguma instabilidade ou inflação nesse órgão. Apresenta-se, acima de tudo, como um método de prevenção, revelando a origem do mal-estar físico, psíquico ou emocional.

Na consulta de iridologia, e para além das habituais perguntas – relativamente ao atual estado de saúde e queixas relevantes, profissão, ritmo de trabalho, dieta, funcionamento intestinal, qualidade do sono, rotina de exercício físico, ocupação de tempos livres, relacionamentos – o iridólogo utiliza equipamentos tão diversos como lanternas, lentes de aumento, câmaras ou lâmpadas de fenda para efetuar um exame detalhado da íris. Através da observação de desenhos, raios, buracos, pontos ou mudanças de cores, o iridólogo compara essas zonas da íris com gráficos que mostram a sua zona correspondente no corpo humano. Regra geral, as “tabelas ou mapas da íris” dividem esta em cerca de 90 zonas distintas. Diz-se, não raras vezes, que os “olhos são o espelho da alma” e, no caso da iridologia, não só se aplica, como vai mais além, uma vez que as alterações reflectidas na íris são ainda um espelho das perturbações físicas de determinado órgão ou sistema.

A observação da íris, e consequente comparação com a sua tabela, indica o atual estado dessa zona do corpo. Por exemplo, pode apontar para uma “inflamação aguda” ou “inflamação crônica”, o que significa que o órgão correspondente necessita de ser vigiado ou mesmo tratado. Outros diagnósticos incluem os "anéis de contração",  a identificação de deficiências nutricionais e/ou minerais, se o sangue está limpo ou intoxicado, se existe algum tipo de contaminação, qual a emoção ligada a esse mal-estar e o que necessita para ser eliminado, são no fundo, um conjunto de sinais que, se não forem tratados antecipadamente, podem desencadear vários tipos de doenças.  

Para além de uma detecção precoce de sintomas físicos, a iridologia vai mais longe, a observação da íris permite ainda determinar a forma como a pessoa se expressa, como se relaciona com aqueles que a rodeiam, os seus pontos de stress, se é introvertida ou extrovertida, que tipo de profissional é, se sofreu algum trauma e em que idade e etc, o que permite um tratamento eficaz de distúrbios emocionais e psicológicos.

 Técnica não-invasiva e indolor (o paciente apenas terá de suportar a intensidade da luz dos diferentes equipamentos), é muitas vezes recomendado em conjunto com outros exames ou terapêuticas, sendo uma “segunda opinião” plausível, para acrescentar a consultas médicas e métodos diagnósticos convencionais. Uma consulta de iridologia é, em muitos casos o primeiro passo para a indicação de hábitos de vida saudáveis e tratamentos adequados, como  acupunctura,  aromaterapia, fitoterapia, florais, aconselhamento psicológico, entre outros.

A história diz-nos que, milhares de anos antes de Cristo, já os chineses e os tibetanos relacionavam as alterações e as marcas dos olhos com as perturbações ou anomalias dos órgãos internos. Os filósofos da antiga Grécia, incluindo o pai da medicina moderna Hipócrates, atestaram esta sabedoria milenar em vários trabalhos escritos que foram encontrados, juntamente com outros, no famoso centro de estudos de medicina do século IX, a Escola de Salerno. No entanto, a primeira obra publicada com informação sobre a iridologia e os seus princípios surge em 1665, pela mão de Phillipus Meyeus que lhe atribuiu o título “Chiromatica Medica”. Um pouco mais tarde, em 1695, a iridologia tem direito a um livro inteiro, com a publicação de “Os olhos e os seus sinais”, de Cristian Haertls.

Porém, a palavra “Augendiagnostik”, que significa precisamente "diagnóstico do olho", surge apenas no século XIX, graças ao médico húngaro Ignatz von Péczely. 

Apesar de muitas vezes alvo de duras críticas, houve muitos seguidores de Ignatz von Péczely: o alemão que descobriu e descreveu novos sinais iridológicos, levando-a fundar o Instituto Felke no século XX; Bernard Jensen, um quiroprata que difundiu a iridologia nos Estados Unidos, aperfeiçoou o mapa iridológica e deu aulas sobre esta e outras terapias naturais. Seguiram-se muitos outros estudiosos da iridologia, caso de P. Johannes Thiel e Eduard Lahn (germânicos), Adrian Vander (espanhol), Daniele Lo Rito (italiano), Celso Batello e Maria Aparecida dos Santos, (brasileiros), e Denny Johnson (norte-americano).

É a este último investigador que se deve o desenvolvimento de dois importantes métodos aplicados à iridologia – o “Rayid-ray” (“raio”) e o “id” (“subconsciente”) – que permitem a identificação de personalidades, tendências e relacionamentos de atração e rejeição, através da simples observação da íris. O próprio Denny Johnson um dia escreveu:

“O olho é um farol de luz que flui e afeta profundamente cada uma das células do corpo, inundando-o com um chuveiro de vitalidade invisível. Quantas vezes já se viu forçado a virar a cabeça, só para encontrar alguém a olhar na sua direcção? A causa desta reação é a percepção subconsciente da luz concentrada na sua direcção...”

Hoje, a iridologia é muito mais praticada na Europa (só a Alemanha e o Reino Unido têm mais de 20 mil iridólogos especializados) do que nos outros continentes. 

bottom of page