Terapias Integrativas
Calatonia
A Calatonia é um método de relaxamento proposto por Pethö Sándor a partir de observações feitas por ele durante a Segunda Guerra Mundial na intenção de auxiliar os pacientes em fase pós-operatória (ARCURI, 2009). Derivada da palavra grega Khalaõ, significa relaxação, deixar ir.
A técnica consiste em estímulos por meio de toques leves nos dedos e nas plantas dos pés, nos calcanhares, na região posterior das pernas e na nuca, os quais agem em inúmeros receptores nervosos e se propagam pelas vias neurológicas, promovendo lentamente o equilíbrio de todos os sistemas1, levando a uma sensação de bem-estar físico e psíquico (ARCURI, 2009; LASAPONARI et al, 2013).
O tempo estimado para cada aplicação é de 20 minutos. http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n5/pt_0104-1169-rlae-21-05-1054.pdf http://livros01.livrosgratis.com.br/cp097106.pdf
A Calatonia é uma técnica de relaxamento profundo que leva à regulação do tônus, promovendo o reequilíbrio físico e psíquico do paciente. Essencialmente falando a Calatonia baseia sua atuação na “sensibilidade táctil”, através da aplicação de estímulos suaves, em áreas do corpo onde se verifica especial concentração de receptores nervosos.
A técnica foi criada por Pethó Sándor, um médico húngaro que radicou-se no Brasil desde 1949 (até seu falecimento em 1992) aqui desenvolvendo trabalhos clínicos, de pesquisa iniciados quando ainda vivia na Europa na época do pós-guerra.
Desde 1950 a Calatonia vem sendo utilizada no Brasil, por vários profissionais, em especial na área de saúde em consultórios, hospitais, pré-escolas, centros de saúde mental, etc.
O procedimento básico da Calatonia consiste em uma série de 9 toques que o terapeuta realiza na área dos pés: em cada um dos dedos, em dois pontos da sola dos pés, calcanhares; tornozelos além de mais um toque nas panturrilhas. Pode ser acrescido do décimo toque, conhecido como Calatonia da cabeça, aplicado na nuca (região occipital). Estes toques são feitos em silêncio, de forma simples e suave, durante 2 a 3 minutos em cada um dos pontos citados.
Os Toques Sutis são as numerosas modalidades de trabalhos corporais desenvolvidos por Pethö Sándor a partir dos mesmos princípios da Calatonia. Da mesma forma como na Calatonia, os Toques Sutis utilizam-se do alto potencial da sensibilidade cutânea, para proporcionar vivências multissensoriais, ou seja: os estímulos utilizados se fazem sentir tanto a nível físico quanto psíquico, atuando sobre a totalidade do organismo de modo reestruturador. Estes toques, ou seqüência de toques, são aplicados em diferentes partes do corpo onde se localizam articulações, determinadas áreas com extensa sensibilidade nervosa e/ou circulatória, áreas com acesso a processos ósseos, etc. Os critérios de escolha de tais “pontos de toque”, ou estimulação, variam caso à caso, em função do histórico e evolução do processo psicoterápico.
Em princípio, qualquer pessoa poderá se beneficiar da Calatonia para obtenção de um relaxamento profundo. Porém tal trabalho deverá ser sempre acompanhado por um profissional habilitado, capaz de avaliar e elaborar com o paciente, suas reações à técnica.. Em São Paulo, Brasil já dispomos de relatos de profissionais de diferentes áreas sobre a utilização da Calatonia como recurso auxiliar na Psicologia, Medicina, Educação, Reabilitação Física e Fonoaudiologia.
Embora a utilização da Calatonia não vise resultados específicos (uma vez que a reorganização psicofisica é global, e cada organismo reage à sua própria maneira individual e única) esta técnica atua sobre uma variada gama de queixas diante das quais tem-se observado resultados bastante positivos. Por exemplo: tensão muscular, estresse, enxaquecas, asma, obesidade, alergias, distúrbios glandulares, dores, distúrbios de ordem psicossomática, etc.