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Terapias Integrativas

Yoga

A Palavra Yoga significa, ungir, atar, seria a união de tudo e de todos a quebra do Ego(CLEMENTE, 2011; BARROS et al, 2014), Yoga é o caminho interno rumo a iluminação, é o processo de evolução dos seres vivos, que no final chega a transição do humano em super humano, ou seja, a ascensão do eu divino que há em nós, é sessar os turbilhões da mente. Existem muitas definições do que é Yoga, mas por se tratar de algo tão amplo e complexo fica difícil eleger qual é a melhor definição.

Em uma visão mais ampla podemos observar que tudo que traz consciência, que nos ajuda a nos conhecer e a trilhar os caminhos da jornada interna rumo a evolução é Yoga, porém geralmente se atribui este nome as praticas e conhecimentos que vem da Índia antiga.

Vivemos em um mundo cheio de Kleshas (sofrimentos) e para sermos felizes, para alcançarmos esta evolução devemos eliminar o sofrimento. Sendo assim a principal função do Yoga é eliminar os kleshas.

 

Nos textos clássicos, não é citado um único criador para a técnica, contudo, dentre os nomes citados está o de Patañjali, responsável por compilar todas as técnicas e trabalhos que existiam no seu tempo e sistematizar o Yoga. (DEVEZA, 2013).

O mestre Patanjali, em seus sutras, ensina um método de 8 partes para eliminar os Kleshas denominado Ashtanga, onde se encontram as ferramentas para eliminar o sofrimento:

-Yamas (conceitos morais para com os outros)

-Nyamas (conceitos morais para nós mesmos)

-Ásanas ( posturas corporais, parte mais conhecida do yoga no ocidente)

-Pranayama ( técnicas de controle e observação da respiração)

-Pratyahara ( disciplina dos sentidos)

-Dharana (atenção)

-Dhyana (meditação)

-Samadi ( harmonia plena)

 

Através da prática de uma ou mais partes deste sistema podemos encontrar diversos benefícios para nosso corpo, mente e espirito. Entre os benefícios gerais destacam-se:

Flexibilidade, compaixão, auto-conhecimento, auto-motivação, consciência, força, amor, confiança, resistência física e saúde.

Atualmente, existem inúmeras as escolas de Yoga, as quais variam de linhagem para linhagem. No ocidente, a vertente mais difundida é a do Hatha-Yoga, a qual busca desenvolver o potencial do corpo e integrá-lo a mente. Nas aulas de hatha-yoga são trabalhadas principalmente posturas corporais, técnicas respiratórias e práticas de concentração, contudo aspectos filosóficos do Yoga também podem ser inseridos (BERNARDI et al, 2013).

A prática do yoga é aconselhada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e entre os principais benefícios estão: melhora da percepção do momento presente, da consciência corporal, do equilíbrio físico e emocional, da autoconfiança, da resistência, do autocuidado. Além destes, a prática do Yoga também pode encorajar dietas mais saudáveis, estimular a cultura de paz e auxiliar na diminuição de vícios (BERNARDI et al, 2013; BARROS et al, 2014).

Os conhecimentos do Yoga podem ser utilizados no cotidiano e, para o Yoga clássico não há um nível de graduação para os praticantes, visto que, durante a prática, o objetivo central é a auto percepção, sem forçar o corpo além do limite confortável. Dessa forma não há apenas uma maneira de se praticar (BERNARDI et al, 2013).

Historia do Yoga

Certa vez um famoso dançarino improvisou alguns movimentos instintivos, porém, extremamente sofisticados. Emocionava a todos que assistiam. Era algo espontâneo, que só encontrava eco no coração daqueles que também tinham uma sensibilidade apurada.

O dançarino conseguiu transmitir boa parte do seu conhecimento, até que um dia, muito tempo depois, o Mestre morreu. Os discípulos preservaram a arte intacta e assumiram a missão de retransmiti-la.

Em algum momento da História essa arte ganhou o nome de integridade, integração, união: em sânscrito: Yoga! Seu fundador ingressou na mitologia com o nome de Shiva e com o título de Natarája, Rei dos Dançarinos.

 

Esse fatos ocorreram há mais de 5000 anos a Noroeste da Índia, no Vale do Indo, que era habitado pelo povo drávida. Sua civilização, uma das mais avançadas da antiguidade, ficou perdida e soterrada durante milhares de ano. Até que, por volta de 1900, descobriram as cidades Harappá e Mohenjo-Daro, através de escavações arqueológicas na Indía.

Ficaram impressionados com o que encontraram. Cidades com urbanismo planejado, ao invés de ruelas tortuosas, largas avenidas de até 14 metros de largura, cortando a cidade no sentido Norte-Sul e Leste-Oeste. Entre elas, ruas de pedestres, nas quais não passavam carros de boi. Nessas, as casas da classe média tinham dois andares, instalações sanitárias dentro de casa, água corrente! Não se esqueça que estamos falando de uma civilização que floresceu 3000 anos antes de Cristo.

Não era só isso, iluminação nas ruas e esgotos cobertos, brinquedos de crianças em que os carros tinham rodas que giravam, bonecas com cabelos implantados e plataformas elevadas para facilitar a carga e descarga das carroças.

Sua sociedade foi identificada como matriarcal, pacífica (não encontraram armas) em cultura tântrica.

 

Cavando mais, os arqueólogos descobriram outra cidade sob os escombros da primeira. Para sua surpresa, mais abaixo, outra cidade, bem mais antiga, cavaram mais e encontraram outra, e mais outra. O que chamava a atenção era o fato de que, quanto mais profundamente cavavam, mais avançada era sua tecnologia, tanto de arquitetura quanto de utensílios. Até que deram com um lençol d’água e pararam (recentemente foram retomada as escavações). O que nos perguntamos é: quantas outras cidades haveria lá embaixo e quão mais evoluídas seriam elas?

Bem, foi nessa civilização que o Yoga surgiu, uma civilização matriarcal e naturalista.

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