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Terapias Integrativas

Shantala

Shantala é uma prática de massagem em crianças desenvolvida na Índia há mais de 5000 anos e trazida para o ocidente pelo obstetra francês Frederick Leboyer em 1995. Leboyer observou em meio às ruas de Caucutá uma mulher sentada no chão massageando seu bebê e encantando-se com a beleza e a harmonia dos movimentos pôs-se a contemplar aquele momento. A mulher explicou-lhe a técnica e o autorizou a fotografar cada movimento da massagem, dessa forma, em homenagem a ela, Leboyer deu o nome de Shantala a esta prática (LINKEVIEIUS et al, 2012).

A Shantala é orientada por uma sequência de movimentos que percorrem todo o corpo do bebê, sempre em ritmo lento e constante, acompanhado de uma pequena quantidade de óleo vegetal natural. A pele, além de suas funções fisiológicas, é também uma via de comunicação com o meio externo, por isso a Shantala ajuda a fortalecer o laço entre a mãe (ou quem estiver fazendo a massagem) e a criança (LINKEVIEIUS et al, 2012; BARBOSA et al, 2011).

É uma ótima maneira de aproximar ainda mais a mãe e seu bebê! O vínculo criado entre o massageado (bebê) e quem o faz (pai, mãe, avós, cuidadores, etc) é de extrema importância para o bebê. Por isso, quem vai aprender a técnica deve agir com grande responsabilidade e muito amor.

A massagem pode ser aplicada em bebês à partir de um mês de idade, e não antes disso. É isso que se preconiza na índia, pois assim como a moleira do bebê ainda está aberta, a filosofia Indiana afirma que os chakra, ou seja, os pontos de energia do corpo do bebê, também ainda estão abertos, e em formação, durante o primeiro mês de vida.

Deve-se criar uma rotina para se fazer a massagem, ou seja, ela deve acontecer sempre no mesmo horário, de preferência ao anoitecer. Pois após recebê-la o bebê deve tomar um banho de imersão (banheira ou ofurô) para se acalmar ainda mais. Depois ele deve ter um sono reparador, longo e tranquilo.

Durante a aplicação, outro ponto importante é o óleo a ser passado no corpinho do bebê. Ele deve ser vegetal (extraído das plantas) e não mineral, vindo do petróleo! Os melhores são os de amêndoa-doce, coco, girassol e uva, sempre observando se o bebê possui alergia, testando um pouco nas costas da mão do bebê antes de utilizar o óleo, importante também observar se o aroma não e forte demais.

Segundo Frederick Leboyer, "é preciso conversar com a pele do bebê, que tem sede e fome como sua barriga".

Leboyer enfatiza a importância de quem vai aplicar a massagem, de estar focado na atividade, prestando a atenção no seu bebê, mantendo o olhar em seus olhinhos,  a mão e o coração juntos!

Os efeitos desta técnica englobam o equilíbrio fisiológico, o estimulo da mobilidade futura, relaxamento, normalização das frequências respiratória e cardíaca, melhora das funções digestivas e da propriocepção,  sensação de bem estar e calma, redução de gases intestinais, cólicas entre muitos outros.(LINKEVIEIUS et al, 2012; BARBOSA et al, 2011). Ao receber o 'toque', o bebê sente-se mais seguro e acolhidon os estímulos que eles recebem através do toque, produzem endomorfinas, hormônios neurológicos que reforçam sensações de amor, calor, amizade e bem estar.

Como é fundamental que a massagem seja realizada pelos pais ou cuidadores diários, a função do terapeuta é apenas ensinar a técnica aos cuidadores, para que eles reproduzam diariamente em suas casas, estreitando seus vínculos e dando o amor que seus bebês necessitam.

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